Policiais estariam sob ameaça de morte
Policiais civis de Brusque estariam recebendo ameaças de bandidos de outras regiões. Seria uma espécie de retaliação por conta da prisão de uma quadrilha há duas semanas, acusada de tráfico de drogas e que foi detida no Loteamento Jardim das Bromélias, no Bairro Rio Branco. Na ocasião, seis homens, dois deles fugitivos do Presídio de São Pedro de Alcântara, foram presos em uma ação conjunta das polícias Civil e Militar.
As ameaças de morte estariam sendo feitas por telefone. É o que assegura um policial da comarca, cujo nome será preservado pela reportagem da Rádio Cidade. Segundo ele, uma mulher teria telefonado dias após a prisão do bando e dito que a delegacia seria metralhada. "A pessoa disse que os policiais estão todos jurados de morte e que iriam detonar a delegacia, que iriam invadir aqui e fazer a festa", afirmou o policial.
A voz no outro lado da linha dissera, inclusive, que "teria policial morto nas horas seguintes em alguma cidade do estado". Situação que coincidiu com a execução de Deise Fernanda Melo Pereira, agente penitenciária e casada com o diretor do Presídio de São Pedro de Alcântara. Ela levou vários tiros quando chegava em casa na noite de 26 de outubro.
O policial brusquense afirma que a pessoa que ligou disse que sabia da ação deflagrada pelas policiais Civil e Militar de Brusque na prisão da quadrilha de traficantes no Jardim das Bromélias. "Ela disse que era amiga dos caras que tinham sido presos e ex-companheira do chefe deles. E que esse cara tinha jurado de morte policiais que prenderam eles. Pode ser que sim, pode ser que não, mas o que ela disse aconteceu e estão matando policiais aqui no estado e ninguém sabe", desabafou ele.
O delegado Alex Bonfim Reis, da delegacia da comarca, disse em entrevista à Rádio Cidade na data da prisão dos traficantes no Rio Branco, que há suspeita do envolvimento do bando com o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção criminosa que tem agido no estado nos últimos anos, embora o governo não reconheça oficialmente sua existência.
Em 2011, um grupo de juízes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou um mutirão carcerário dentro do Presídio de São Pedro de Alcântara e encontrou provas da existência do PGC e de sua atuação dentro daquela unidade. Dentre elas uma camiseta com alusão ao grupo.
Com colaboração de Wilson Schmidt Junior e Anderson Antunes